Língua Portuguesa - 7º ANO "A" - matutino - Professora Regilani - 04/05/20
Escola Estadual Professor Marcilon
Dorneles
Professora: Regilani Alves
7º ANO "A" - Matutino
Data: 04/05/20
Gênero: Entrevista
Regime Especial de Aulas Não-Presenciais - Língua Portuguesa
Olá!!! Prontos para começarmos mais uma aula?
Meus amores, hoje vamos conhecer o gênero
textual: ENTREVISTA. Preste muita atenção, vocês vão adorar este gênero.
Sobre o gênero:
A ENTREVISTA
é um gênero de caráter interacional, geralmente entre duas pessoas, organizado
em turnos com uma pequena introdução sobre o entrevistado e o tema. O pode ser
registrado em áudio e/ou vídeo e assim ser exibido (nos suportes em que a
linguagem audiovisual é permitida), ou ser posteriormente transcrita e editada
para publicação por escrito. A entrevista ainda pode ser feita com a interação
já por escrito (por e-mail, por exemplo). O objetivo desse gênero é obter
informações sobre a pessoa entrevistada ou sobre um tema/fato que a envolva.
Para ampliar seu conhecimento sobre o tema da
aula de hoje, assista ao vídeo sobre as características de uma entrevista.
Link do vídeo:
Reflita sobre o conhecimento que você já
construiu sobre esse gênero:
O que é uma entrevista?
Vocês já leram/ouviram/viram uma entrevista?
Onde?
Quem foi entrevistado?
Agora, vamos exercitar nosso conhecimento com
uma atividade.
Reflita:
Vocês sabem o que é um grafite?
Vocês já viram esse tipo de arte?
Vamos conhecer um pouco mais sobre esse tema através
de uma entrevista.
Vamos primeiro ler uma entrevista com um
grafiteiro.
VERSÃO IMPRESSA
Entrevista com o grafiteiro Speto
28/11/2017
Exposição
‘SPETO – Arte pelo mundo’ terá visita guiada — Foto: Divulgação
Speto é pioneiro na arte do grafite
brasileiro, começando a praticar na década de 1980. De lá para cá, o artista
tornou-se referência internacional na área. Com desenhos estampados em paredes
do mundo inteiro, Speto apresenta um estilo singular criado a partir de
aspectos da cultura do País e suas histórias folclóricas. Sua arte já foi parte
da identidade visual de marcas grandes, como Coca-Cola, e de clipes de músicos
prestigiados, como Beyoncé e O Rappa. Também expôs em museus e galerias de
arte. O grafiteiro conversou com O POVO sobre criticidade,
consumo de arte e inspirações. (Alexia Vieira/ Especial para O POVO)
OP: Conhecer as cidades
que você grafita muda o que você tinha em mente para pintar?
Speto: Normalmente quando vou
fazer uma história, um grafite, eu sempre estou observando as pessoas. Por
exemplo, essa cadeira que tem um coqueiro me inspirou a incluir um coqueiro no
desenho. Um dia, voltando pela orla, reparei que tem muita gente de óculos
escuro, por isso vou colocar um óculos na personagem. Sempre vou colocando os
elementos em que reparo. Diferente do que as pessoas pensam, fazer grafite
requer uma disciplina rígida que me deixa sem tempo de investigação. E não
gosto de fazer as coisas pela internet. Então estou toda hora observando. Em
toda cidade que vou é assim.
OP: Um dos objetivos dessa
edição do festival foi adentrar a periferia, fazer a conexão com quem não tem
tanto acesso a arte. Você já é um artista reconhecido e vive do grafite. Como
vê essa relação entre a arte de rua que é criminalizada e a que é reconhecida?
Speto: Por lei, o grafite é
proibido no mundo inteiro. Se todos os governantes do mundo deixassem sair
grafitando, imagina a baderna que ia ser. Proibido já tem muito, se fosse
legalizado não teria limite. Eu moro na Vila Madalena (SP), e lá tem muitas
paredes de propriedades privadas que é só pedir autorização para pintar. Eu já
fiz muito isso. Faço grafite há 32 anos, dos quais 20 foram dureza. Arte é
difícil e demora muito tempo, por isso tem que persistir. Não esperar as coisas
caírem do céu. Eu já fui muito marginalizado também.
OP: Você faz parte da era
do grafite que começou no fim da ditadura. Hoje, existe um crescimento da onda
conservadora no País, a arte de rua está sofrendo com isso?
Speto: A arte de rua não
sofre com isso. O Doria, por exemplo, não está fazendo nada de novo. O grafite
tem uma duração pequena, acaba desbotando. Isso de apagar é muito comum. Os
Gêmeos já fizeram um prédio inteiro que acabou sendo demolido depois. Nós
estamos acostumados, as pessoas não entendem que é assim que funciona. Além
disso, temos que agir como cidadãos e respeitar as leis. Não dá pra achar que
porque é grafiteiro vai fazer o que quiser e o mundo tem que aceitar. Acho que
a ordem nos espaços públicos se faz necessária, porque é muita gente pintando.
Claro que o grafite, na sua diversidade, tem vandalismo também. Quem quiser que
vá fazer isso.
OP: A visibilidade dada a
essa arte e a comercialização permitiu o acesso a outros espaços, como museus e
equipamentos governamentais. Isso tirou o espaço da crítica nessa arte? Você
percebe a arte de rua tornando-se “menos transgressora” e mais acomodada nesses
novos espaços?
Speto: Cada suporte tem uma
maneira de ser feito. É errado achar que o artista só faz um tipo de grafite.
Nós temos curiosidade e queremos desafios de mídias e técnicas diferentes. Não
tem porque se limitar, sem isso não há evolução. Também acho errado pensar que
os grafiteiros não podem ser profissionais. Existe um romantismo, talvez
distorcido, sobre a vida do artista. É natural isso de querer consumir arte. Na
História da Arte vemos que sempre existiu a comercialização.
Agora, você vai assistir ao vídeo da
entrevista com o grafiteiro Speto.
E ai? Gostaram desse gênero textual?
Vamos fazer uma atividade para fixar o
conhecimento.
Copie:
Copie:
Com base na entrevista escrita, com o
grafiteiro Speto, copie as questões abaixo e responda em seu caderno.
Ótima atividade!!!!
Um grande abraço!
Tia Regilani
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