Atividades do Regime Especial de Aulas Não Presenciais de Língua Portuguesa 9º "A" e "B"
Escola Estadual Professor Marcilon Dorneles
Professora Adeliene A. Silva
Trindade, 15 de abril de 2020
OBS.: Na atividade abaixo, copiar o texto e questões e em seguida responder.
Escola Estadual Professor Marcilon Dorneles
Professora Adeliene A. Silva
Trindade, 15 de abril de 2020
OBS.: Na atividade abaixo, copiar o texto e questões e em seguida responder.
Direitos e favores
07/11/2014
RIO
DE JANEIRO – A revelação de que os bancos deixaram de pagar R$ 200 milhões em
impostos, graças a uma operação em Luxemburgo, prova outra que o buraco
tributário brasileiro é mais em cima. Sem cortar na carne (ou seja, nos
bolsos), dos mais ricos, pouco cairá a desigualdade social.
Também prova como carece de bom
senso a rejeição de parte da classe média, dos abastados e de alas da imprensa
ao Bolsa Família. O programa, que atende pessoas com renda mensal entre R$ 77 e
R$ 154, custa hoje R$ 25, 3 bilhões, ou 0,5% do PIB. A sonegação fiscal em 2013
foi de R$ 415 bilhões, quase 20 vezes mais. E se estima em R$ 500 bilhões a
deste ano.
Com
o Bolsa família, circula dinheiro onde não havia, o que alimento o comércio e
cria empregos.
Norte
e Nordeste ganham proporcionalmente, mas São Paulo é o segundo Estado em
números absolutos: 1.270.203 famílias contempladas.
Deixaram
o programa por conta própria, 1,7 milhões de famílias. Já filhas de magistrados
e militares não costumam abrir mão das suas pensões. A taxa de fecundidade cai
em todo o país, mais ainda no Nordeste. Não se sustenta a ideia de mulheres têm
mais filhos por causa do benefício.
No
Brasil, privilégios são vistos como direitos, e direitos são vistos como
favores. Não se rompe essa lógica perversa da noite para o dia, mas é tarefa
prioritária para quem diz querer unir o país.
A
corrupção não vem só da má índole de pessoas e partidos, mas de uma sistemática
desqualificação do que é público. Se a sociedade não admite que todos tenham
direito sequer a coisas básicas (comida, luz, moradia, saúde), sempre haverá
espertalhões dessa sociedade – pois não alienígenas – que transformarão em seu
aquilo que deveria ser nosso.
O
Bolsa Família pertence ao país. A corrupção também.
Luiz
Fernando Vianna, carioca, nascido em 1970, é
jornalista, com passagens por O Globo, Folha de S.Paulo e
outros veículos. Coordena a Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles. É autor
de Meu
menino vadio e de cinco livros sobre
música popular, entre eles Aldir Blanc: resposta ao tempo.
Disponível em: https://www.intrinseca.com.br/blog/categoria/colunistas/luiz-fernando-vianna/
Acesso em: 18/03/2020
ATIVIDADES
1. O texto lido trata de que assunto?
2. Que relação o texto faz entre sonegação fiscal e
o custo do programa bolsa família?
3. No contexto do artigo, qual é o significado do trecho
“sem cortar na carne (ou seja, nos bolsos) dos mais ricos, pouco cairá a
desigualdade social. ”?
4. Que ponto de vista o autor defende?
5.
Que justificativas / argumentos ele usa para defender essa ideia?
6.
Você concorda com o ponto de vista do autor? Justifique sua resposta.
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